Contato com os animais se confirma como estratégia eficiente na recuperação de pessoas hospitalizadas
Você já ouviu falar em terapia assistida por animais? Essa prática, que não é nova, tem ganhado destaque na Medicina Contemporânea. O contato com animais tem trazido comprovados benefícios à saúde, auxiliando no tratamento de diversas doenças e transtornos, otimizando os resultados e contribuindo para o bem-estar dos pacientes.
A terapia assistida por animais (TAA) consiste em usar a companhia de animais de estimação, como cães e gatos, como coadjuvante no tratamento de algumas doenças. A prática deve ser orientada por profissionais de saúde e tem o objetivo de promover o bem-estar físico, emocional, cognitivo e social do paciente.
Projetos confirmam a eficácia da terapia com animais em hospitais. Em São Paulo, um exemplo é o Projeto Cão Terapia, que acontece no Hospital Estadual Vila Alpina desde 2017. O projeto visa promover um olhar diferenciado e humanizado do ambiente hospitalar aos pacientes, acompanhantes e colaboradores. As visitas acontecem no Pronto Socorro, Ambulatório e Unidades de Internação com duração de uma hora e uma média de 30 pessoas por vez. São acompanhadas por voluntários treinados.
O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – Vila Mariana oferece o projeto Atividade Assistida por Animais (AAA), promovendo entretenimento, recreação, socialização e distração por meio do contato dos animais com os pacientes. Foi iniciado em 2006, com a missão de humanizar a unidade pediátrica e, em 2017, expandido para setores de internação adulta. As visitas ocorrem semanalmente, com equipes de voluntários divididos em dois grupos para atender adultos e crianças simultaneamente, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.
Embora existam propostas para autorizar visitas de animais em hospitais, é importante respeitar as regras estabelecidas em cada unidade hospitalar e as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por exemplo, a lei nº 17.968/2020 determina que, para ingressar no hospital, o animal de estimação deve ter autorização prévia da administração, estar acompanhado por um familiar do paciente e ser transportado dentro de caixas específicas, exceto os de grande porte.